domingo, 9 de agosto de 2009

Hidrografia - Tendo suas regiões norte e sul praticamente tomadas por desertos, a África possui relativamente poucos rios. Alguns deles são muito extensos e volumosos, por estarem localizados em regiões tropicais e equatoriais; outros atravessam áreas desérticas, tornando a vida possível ao longo de suas margens.

Clima - O clima de África é fortemente influenciado pelo facto de este continente ser atravessado quase a meio pela linha do equador e estar compreendido na sua maior parte entre os trópicos. É um continente bastante quente, onde os climas se individualizam mais pelas variações pluviométricas do que pelas térmicas, à excepção das extremidades norte e sul, de clima mediterrânico. A partir do equador para norte e para sul, o clima passa de equatorial para tropical e desértico quente. Nas zonas mais altas o clima é de altitude e nas zonas temperadas o clima é mediterrânico.

Vegetação - Florestas equatoriais – Ocorrem nas baixas latitudes, compreendendo a parte centro-ocidental da África. Como estão em áreas quentes e úmidas, possuem folhas largas (latifoliadas) e sempre verdes (perenes). As árvores podem ter até 60 m (castanheira). Apresentam grande variedade de espécies (floresta heterogênea). Os solos em geral são pobres. São conhecidas como autofágicas (que se alimentam de si mesmas) em função da grande quantidade de húmus proveniente das folhas, galhos e troncos.

Relevo - O relevo Africano predominante planáltico apresenta considerável altitude média de 750m.Ocupa as regiões central e ocidental, em sua quase totalidade, planaltos intensamente erodidos, constituídos por rochas muito antigas e limitados por grandes escarpamentos. Ao longo do litoral, situam - se as planícies costeiras, geralmente estreitas , salvo a oeste e nordeste, quando se estendem para o interior .Na porção oriental da África encontra-se uma de suas características físicas mais marcantes: falha geológica estendendo-se de norte a sul, em que se sucedem planaltos e depressões relativas.É nessa região que se localizam os maiores lagos do continente, circundados por algumas das mais altas montanhas: Quilinmanjaro (5 895 metros), Quênia (5199 metros) e Ruvenzori (5 109 metros).

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

INDUSTRIALIZAÇÃO

Área extremamente subdesenvolvida, a África conhece uma indústria ainda bastante incipiente, responsável por uma minúscula parcela do Produto Interno Bruto (PIB) do Continente. Ao longo do período imperialista, as nações ocidentais, interessadas em matérias primas só permitiram o florescimento de atividades minerais e agrícolas para exportação, o que retardou o processo de industrialização. Desde o início da descolonização, algumas poucas indústrias de transformação vêm sendo implantadas, quase sempre em portos, pois seus produtos, bastante simples, são destinados aos mercados externos. O único oásis industrial do Continente é a África do Sul, dona da metade da produção industrial africana.
Num mundo cada vez mais globalizado, a ausência de uma sociedade de consumo em larga escala coloca o mercado africano em segundo plano.

O EXTRATIVISMO MINERAL - RECURSOS MINERAIS

OURO - cujo maior produtor mundial é a África do Sul, onde também são abundantes o ferro, o cromo, o manganês e o carvão.
DIAMANTE - a República Democrática do Congo é o segundo maior produtor mundial, seguida por Botsuana e a África do Sul.
COBRE - o sexto maior produtor é Zâmbia, rica também em cobalto.
PETRÓLEO - destacando-se em sua extração a Nigéria, Angola e Gabão.
CARVÃO - do qual a África do Sul é o sexto produtor mundial.
MANGANÊS - a África do Sul (15% da produção mundial) e o Gabão (10%).

Em resumo:

AS RESERVAS MINERAIS AFRICANAS

CROMO - 97% da produção mundial
DIAMANTE - 92% da produção mundial
PLATINA - 71% da produção mundial
MANGANÊS - 50% da produção mundial
COBALTO - 60% da produção mundial
BAUXITA - 33% da produção mundial
URÂNIO - 28% da produção mundial
VANÁDIO - 20% da produção mundial
COBRE - 13% da produção mundial

Além da importância do Continente Africano para obtenção de matérias-primas minerais e energéticas vitais para as economias dos países desenvolvidos, deve-se ressaltar o seu valor geopolítico: a rota marítima do Cabo, usada pelos grandes petroleiros; o acesso ao Oceano Índico e o controle do Mar Vermelho e sua ligação com o Mediterrâneo. Na África, ocorre uma convergência entre os interesses econômicos e as razões geopolíticas.

A AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA

As plantações, localizadas em áreas de solos férteis e atreladas a interesses internacionais, produzem fundalmentamente para a exportação, destacando-se o cacau, a borracha, o amendoim, o café, o tabaco, o algodão, a cana e o sisal. Abundantes nos mercados mundiais, tais produtos são muito pouco valorizados, obtendo preços ínfimos e pouco rendendo para os países exportadores. Ocupando grandes áreas, as plantações reduzem o espaço dos cultivos de subsistência, aumentando as taxas de fome e subalimentação no continente. Além disso, a concentração fundiária causa o êxodo rural e um conseqüente inchaço urbano.

Nos últimos 50 anos, a cidade de Abidjã, na Costa do Marfim, teve sua população aumentada mais de 200 vezes, Dacar, outro exemplo de crescimento desordenado, conheceu uma multiplicação populacional da ordem de 28 vezes.

No Continente Negro, a pecuária é pouco desenvolvida em função do predomínio de climas secos e quentes, da existência de desertos e densas florestas, da falta de recursos tecnológicos para o aprimoramento dos rebanhos, da rara utilização de uma moderna zootecnia, para permitir a adaptação do gado as difíceis condições naturais e, por fim, a quase inexistência de mercado interno com efetiva capacidade de compra, já que as populações locais são de baixa renda.

A AGROPECUÁRIA

O território africano, cuja diversidade de climas e solos permite uma produção de vários bens agrícolas, é, entretanto, marcado por problemas climáticos, tais como aridez, secas ou chuvas regulares, que prejudicam as plantações. Deve-se ressaltar também que raros são os solos verdadeiramente férteis, que só existem na África Oriental, onde predominam rochas vulcânicas (as famosas “terras roxas”).
A agricultura na África Subsaariana é levada a efeito sob duas formas básicas: a de subsistência e a plantation. A primeira, realizada em solos pobres, cultiva mandioca, arroz, milho, banana, feijão, pimenta, sorgo, batata e inhame. Esse sistema agrícola, de caráter itinerante, apresenta baixa produtividade, consistindo em derrubada da vegetação, queimada e plantio; esgotado o solo de uma determinada área, o mesmo processo é repetido em outra. Calcula-se que a agricultura de subsistência concentra 80% da população ativa do continente. As áreas principais da agricultura de subsistência são:

A AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA
MILHO - África do Norte, Bacia do Congo e África do Sul
ARROZ - Egito, Sudão, Chade, Madagáscar e Marrocos
MANDIOCA - Congo e Nigéria

O EXTRATIVISMO MINERAL
A antigüidade da formação geológica e sua origem cristalina determinam a presença de inúmeros recursos minerais na África Negra, que possui um dos mais ricos subsolos do mundo.

RECURSOS MINERAIS
OURO - cujo maior produtor mundial é a África do Sul, onde também são abundantes o ferro, o cromo, o manganês e o carvão.
DIAMANTE - a República Democrática do Congo é o segundo maior produtor mundial, seguida por Botsuana e a África do Sul.
COBRE - o sexto maior produtor é Zâmbia, rica também em cobalto.
PETRÓLEO - destacando-se em sua extração a Nigéria, Angola e Gabão.
CARVÃO - do qual a África do Sul é o sexto produtor mundial.
MANGANÊS - a África do Sul (15% da produção mundial) e o Gabão (10%).

INDUSTRIALIZAÇÃO
Área extremamente subdesenvolvida, a África conhece uma indústria ainda bastante incipiente, responsável por uma minúscula parcela do Produto Interno Bruto (PIB) do Continente.

ÁFRICA - ASPECTOS ECONÔMICOS


A África, como prova de seu subdesenvolvimento, tem sua base econômica assentada na agropecuária desubsistência e no extrativismo mineral de exportação. A economia de mercado, característica dos países capitalistas, é muito pouco desenvolvida, já que as estruturas sociais, o baixo índice de industrialização e a quase inexistência de poder de consumo impedem um dinamismo econômico interno. Em inúmeras regiões, ainda eminentemente tribais, predominam a propriedade coletiva da terra, o que não implica
igualdade social pois, em função da hierarquia tribal, os bens são distribuídos em porções muito diversas.